Os segredos das pessoas felizes


Não, isso não é uma resenha.
Até porque, se eu fosse resenhar este livro, seria uma resenha gigantesca visto que teria que passar por 100 coisas diferentes que são apresentadas ao longo de "Os 100 segredos das pessoas felizes", e isso é completamente inviável.

A questão aqui é expor algumas coisas que aprendi lendo este livro. Quase um top five.

Eu não estou feliz. Fato.
Existem "N" motivos para não estar feliz, e não convém enumerar eles, mas a verdade é que estou tão infeliz que acabo tornando a vida das pessoas ao meu redor miserável também. 
Por isso, eu tinha duas opções: finjir que estou feliz (mas uma hora a máscara cai, né?) ou tentar mudar essa situação. 

"Ninguém é capaz de fazer os outros felizes em um passe de mágica. O que podemos é ajudar as pessoas a verem aquilo que precisam ver, apontar o caminho e torcer para que elas o sigam." 

Eu não sei vocês, mas quando eu tenho um problema, recorro aos livros. Além de me ajudar, eles são mais baratos do que um psicólogo.
Dessa forma, cheguei a "Os 100 segredos das pessoas felizes" numa tarde despretenciosa de compras antidrepressivas na Amazon. Afinal, tem gente que quando esta deprimida, compra sapatos... bolsas.... eu compro livros. 

A primeira coisa que percebi que esta errada na minha vida e que me impede de ser mais feliz é a forma como vejo a minha vida. 
Vejam bem... eu sou paga para pensar que vai dar M¨@%$# em alguma coisa e me antever a essa complicação. Logo, eu vejo M$#@#@ em todos os lugares e em todas as situações!!! 

"Boa parte da nossa vida é apenas uma questão de perspectiva, do ângulo pelo qual olhamos o que acontece. As coisas não são boas ou más, sucessos ou fracassos em si mesmas. É o modo como escolhemos encará-las que realmente faz a diferença." 

" A pessoa infeliz passa boa parte do tempo pensando no que lhe acontece de negativo, ou mesmo nos aspectos negativo de acontecimentos positivos, , enquanto que as pessoas felizes tendem a valorizar tudo o que lhes acontece de positivo ou a extrair o aspecto positivo de todas as suas experiências." 
O que estamos fazendo para mudar isso: Tentando ver o lado bom dos problemas e dar graças todos os dias por tudo que tenho ao invés de focar nas coisas que não tenho. Meu problema nem são as coisas materiais, pois tenho tendências ao minimalismo, mas quando o negócio são metas....
Com isso entramos no segundo tópico deste post.


Eu sou uma pessoa extremamente competitiva. Se eu consigo alcançar um objetivo, eu não me vanglorizo. Pelo contrário, eu já estou de olho na próxima meta. Na minha cabeça, eu não fiz mais do que a minha obrigação batalhando muito para alcançar aquele objetivo. Porém, se eu fracasso... é o caos. 

"Para algumas pessoas não há vitórias, somente várias maneiras de perder." 

"As pessoas infelizes se culpam pelas falhas e superdimensionam as derrotas, tomando-as como um indicador daquilo que são e usando-as para prever um resultado negativo para os futuros acontecimentos de suas vidas." 

"As pessoas ultracompetitivas, que precisam vencer sempre, terminam usufruindo menos das coisas. Quando perdem , ficam muito frustadas, e, quando ganham, era isso o que esperavam, de qualquer modo. Sobretudo não se harmonizam com o ritmo natural da vida, que é feito de ganhos e perdas." 

"A competitividade pode impedir a satisfação na vida, porque nenhuma realização será suficiente, e os fracassos tornam-se especialmente devastadores. Como as pessoas ultracompetitivas têm um altíssimo nível de exigência, elas não se alegram tanto com seus sucessos, mas se desesperam com os fracassos."

Eu não consigo aceitar que as pessoas podem fracassar, ou melhor, que EU posso fracassar. E não consigo entender que o fracasso, muitas vezes, pode ser apenas um contra tempo, ou um desvio rumo ao meu objetivo. 
Eu preciso ter grandes marcos de conquista para me sentir realizada e produtiva, tais como, a conclusão de uma faculdade; uma promoção na empresa; a realização da viagem dos sonhos. 
Mas uma vida feliz não é feita de grandes marcos, e sim, de pequenos prazeres. 

"A vida satisfeita não é feita de grandes momentos, mas de um cotidiano agradável e positivo."

O que estamos fazendo para mudar isso: Passei a prestar mais atenção aos meus pequenos prazeres, como o cheiro do Jardim Botânico que passo no trajeto para o meu trabalho quando resolvo ir andando pro metrô. Eu passo todos os dias por ali e nunca paro pra apreciar o Jardim Botânico e o cheiro da floresta.
Passei a ter prazer ao cozinhar, pois é o momento em que posso abrir uma taça de vinho, colocar uma música no celular e cozinhar tranquilamente, experimentando novas comidas.
Passei a apreciar as caminhadas de manhã com o meu cachorro, naquele período em que todos ainda estão saindo de suas casas e a rua encontra-se em silêncio. Na verdade, eu passei a apreciar imensamente o silêncio!!!

Uma grande parte de nossas vidas, nós passamos trabalhando. E se trabalhamos com algo que não nos dá um objetivo, ou quando trabalhamos com algo que não nos dá prazer... a tendência é nos sentirmos infelizes.
Pois bem...essa sou eu.

"Faça do seu trabalho uma vocação. Se você encara o seu trabalho apenas como um emprego, então ele se torna uma carga que não traz realização ou crescimento."

"Faça as coisas nas quais você se sente competente." (Seria: Trabalhe com o que lhe dá prazer) 

"Um dos fatores mais importantes para a felicidade é saber profundamente que sua vida tem um propósito"
"Quando gostamos do que fazemos profissionalmente, o trabalho nos dá uma identidade e um sentido, e apreciamos mais o que a vida nos oferece fora do local de trabalho. Usufrua o que seu trabalho lhe dá e você se tornará capaz de apreciar aquilo que realmente importa." 

O que estou fazendo para mudar isso: Tentando mudar de trabalho, mas tá F&%%!!
=(
Enquanto isso, estou estudando algumas coisas que sempre quis aprender.

Eu não sou uma pessoa muito positiva. Pelo contrário! Como já disse anteriormente, eu tenho a tendência de ver o pior das coisas e das pessoas; além disso, eu trabalho numa emissora de televisão, logo, passo muito tempo vendo desgraça atrás de desgraça, o que faz com a minha fé na humanidade seja nula. (Mentira. Com os últimos acontecimentos do país, posso dizer que ela já despencou para taxas negativas)
Por isso, posso afirmar que eu não sou uma pessoa muito otimista, sabe? E ai entra aquela coisa da lei da atração. Se você é feliz e otimista, a tendência é trazer mais pessoas que estejam na mesma vibe que você e o universo conspirar a favor de toda essa boa energia. Mas se você é meio ranzinza.... pessimista....

"Seja uma pessoa otimista, e você verá que esse otimismo voltará para você e influenciará favoravelmente a sua vida".

O que estou fazendo para mudar isso: Sinceramente? Aceito sugestões. Porque como você muda uma coisa que tá entranhada há tantos anos em você? Não sei.

E para finalizar, eu percebi que preciso ser uma pessoa mais agradável. Como já perdi a minha fé na humanidade, eu também já desisti de tentar interagir com os seres humanos. Prefiro infinitamente os animais e os livros. Com isso, eu não tenho muita paciência com o ser humano, o que faz com que eu seja meio grossa às vezes. Não é que eu seja grossa, mas as pessoas me interpretam dessa forma, e percebi que muito disso se deve ao meu timbre de voz! É sério!
Eu percebi isso quando perdi a minha voz após a minha cirurgia no início deste ano. As pessoas me acharam bem mais calma e agradável quando não conseguia falar normalmente.
Então, a solução é: Não falar!
O que estou fazendo pra mudar isso: Passei a ficar calada quando alguém começa a discutir comigo. Eu posso não concordar com nada do que a pessoa esta falando, mas finjo que sou um dos Pinguins de Madagascar e apenas "sorrio e aceno...sorrio e aceno".

"Os cientistas descobriram que adotar uma atitude positiva em relação às pessoas com quem convivemos é um dos critérios mais importantes para a satisfação pessoal. Quem opta pela rispidez e agressividade tem suas chances de felicidade reduzidas para menos da metade."

Então é isso. Não posso dizer que sou a pessoa mais feliz do mundo, mas posso dizer que identifiquei algumas das razões para ser uma das infelizes e que pelo menos estou tentando mudar alguma coisa. Esta infeliz também? Então entre se inscreve na newsletter do canal e junte-se ao grupo de apoio do Perdida!
E, até a próxima! 



Natalia Eiras

3 comentários:

  1. Oi Natalia, quando você disse que comprar livros é o que representa suas compras antidepressivas já me identifiquei, e curti e me vi em algumas partes do post, é difícil ter alguém que esteja satisfeito com todos os aspectos da vida, e é clichê mas também verdade que a vida não para porque temos problemas e o que nos resta é a adaptação, no nosso tempo, que pode demorar ou não. Ainda não tinha ouvido falar desse livro, e acho que ele não é muito a minha cara, mas curti ler as passagens e a postagem que você fez dele ;)

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  2. Nath!
    Você já deu o primeiro passo que é identificar o que a deixa infeliz e o outro, admitir para você mesma que não é feliz... então, vejamos...
    Falarei apenas para que reflita, ok? Temos a tendência de projetar nossas insatisfações e defeitos nas outras pessoas com isso, preferimos criticá-la a agir. E nem percebemos que temos os mesmos defeitos e podemos corrigi-los aos poucos, mudando pequenas atitudes.
    Você diz que não acredita mais na humanidade...claro que tem muita gente ruim, fazendo maldades, usando práticas expúrias para passar a perna nos outros e se dar bem; mas tudo tem os dois lados... Existem pessoas boas e de bom coração, que fazem coisas sem querer nada em troca, apenas pela satisfação de ver alguém feliz e consequentemente, ser feliz também.
    A felicidade é passgeira e efêmera, mas se temos vários momentos felizes durante o dia ou os dias, e nosso estado de espírito se eleva, atraindo mais e mais coisas boas e felizes. Acredito que deixar o pessimismo é um dos passos para começar a ter mais momentos felizes. Acorde acreditando que o dia será bom, faça pequenas coisas boas para você primeiro e depois para os outros e vai ver como aos poucos a felicidade a invadirá de forma sutil e depois, a dominará plenamente.
    Um maravilhoso final de semana!
    “Não saber é o que torna nossa vida possível.” (Lya Luft)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JULHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  3. Olha Natália, faz uns três anos que um acontecimento me deixou extremamente infeliz,magoada e frustrada.
    Fiquei sem saber que caminho deveria seguir.
    Transformei minha vida em um inferno,e consequentemente de outras pessoas.
    Mas faz uns 15 dias que meu filho está com um problema de saúde. Está internado!
    E agora vejo que tudo que me deixava aborrecida, perdeu o sentido... Não ligo mais.
    E quando essa tempestade passar,vou tentar me aborrecer menos. E deixar de lado o que não me fez bem.

    Gostei da sua sinceridade!

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