Um Marido De Faz De Conta


"Mude o que pode ser mudado e aceite o que não pode". Pg.133


Sinceramente, estava esperando um grande clichê. Contudo, a diva veio com algumas surpresas.

Ao iniciar a leitura, percebi que fui procurando " Londres e 1700 e lá vai bolinhas". Porém, não foi isso que aconteceu ...

Neste livro, Júlia constrói um enredo em meio a Guerra de Independência dos Estados Unidos (1775-1783). Isso mesmo, o enredo passa no Estado Unidos.

Então, venham para mais uma resenha!



"Às vezes Edward achava que poderia observá-la eternamente, sem nunca se entendiar." Pg. 180
Neste segundo volume, da série " Os Rokesbys", nos trás Cecília Harcourt. Esta, parte as pressas para os Estados Unidos em busca do irmão Thomas, que está ferido.
Ao chegar na América, ela tenta de todos os jeitos descobri algo.

Afinal, o irmão que estava ferido, agora está desaparecido. 

No meio, desta procura ela encontra Edward. O segundo herdeiro do Conde de Manston, o melhor amigo de seu irmão, o oficial Rokesby. Ele está em estado grave e desacordado. Aflita que o mesmo precise de ajuda, no meio de um hospital improvisado ( Afinal, estavam em meio a guerra), Cecília se declara esposa de Edward.

Só pensei: "Amiga, sua louca! Ele vai acordar e você vai se ferrar!".


Quando o mesmo acorda, sem as memórias recentes, reconhece a reconhece e, logo, a mentira de Cecília vai se multiplicando e ambos sofrem diversas consequências. 

É agora que você pensam " Lays, mas eles se conheciam ?? Ele a reconheceu!!!"

Amores, Cecília era uma correspondente assídua do irmão Thomaz. E, como este era muito amigo de Edward, nesse vai e vem de cartas ... Ambos, começaram a se corresponder, utilizando Thomaz como desculpa e intermediário.
Mesmo não lembrando de nenhuma conversa referente a casamento, ele acredita por "conhecê -la"( porque ambos não se conheciam pessoalmente).

Ser esposa de um Rokesby, fez com que várias portas se abrissem. Então, nossa mocinha decide continuar com a mentira até ter notícias do irmão. Nosso oficial, não só aceita como veste a camisa de "o melhor marido do mundo".


Só há uma ponta solta ... A verdade sempre chega!

"- Cada carta ... meu Deus, Cecília, você não tem ideia de quanto elas significavam para mim. E olha que elas nem tinham sido escritas para mim ...
- Tinham, sim. - murmurou ela.
Ele ficou estático  (...)
- Sempre que eu escrevia para Thomas, era em você que eu pensava (...)." Pg. 287

Como falei no início, esperava que fosse um grande clichê. Não foi, totalmente! Todavia, era esperado que ambos se apaixonassem na vivência dessa " mentirinha". Mas nada que estrague a magia da história.
Personagens desenvolvidos e carismáticos. Um mocinho " super de boa", do estilo " tudo fica bem com sorrisos e doces" e uma mocinha que aprende a ser resiliente, encantadora e ciumenta. Gostei da empatia que os dois causam no leitor, com suas aflições, inseguranças, descobertas e humor.
E o desfecho de Thomaz, me abismou.

A escrita da Júlia Quinn é impecável, sempre me passam uma sensação de fascinação.
Gosto desta "pegada" de relacionamento por carta ( Sabendo, também, que não é a primeira vez que a mesma utiliza este método. Contudo, foi empregado como diferencial, nesta estória. Isto é,  tornando o fato mais real, tendo em vista o imbróglio oferecido).

Confesso que, mesmo simpatizando com este livro, neste momento não diria que é um dos meus preferidos, da autora. No entanto, vale a pena conferir.
Estou mega ansiosa pelo próximo volume. Que tem como casal : Poppy Bridgerton e Andrew Rokesby. 

Até a próxima leitura!

Sobre a série: Antes da geração Bridgerton, que amamos. Antes de Violet, nossa mãe literária, sonhar em fazer parte desta grande família. Existiam os vizinhos, "tipo" família, do Edmundo Bridgerton. Haviam os ROKESBYS. Cinco irmãos: George, Edward, Andrew, Mary e Nicholas. Até este momento, seria uma trilogia. Os enredos, respectivos, seriam a respeito dos três irmãos Rokesbys mais velhos, seguindo a ordem cronológica dos mesmos.

Série: Os Rokesbys #02
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580419221
Ano: 2019
Páginas: 304


Lays Brunizio

8 comentários:

  1. Bom, vamos por partes... Nunca li nada da Julia, ainda, mas posso explicar. Eu sou nova até nessa vida literaria e achei que gostasse muito de romances de época, e foi por esse genero que comecei, só que depois de uns 3 livros, vi que são sempre a mesma historia: uma heroina indomada e um bad boy, rico, lindo e indomado... depois de mil brigas esse se beijam e o leitor se apaixona pelo casa. The end!!! Desanimei né. Resolvi dar um tempo e quando voltar vai ter que ser um, um tanto diferente do convencional. Dessa serie, o primeiro realmente não me atraiu em nada, porém "Um marido de faz de contas", me pareceu divertido, descontraído e quem sabe não tão clichê, que se confirmou com teus comentários. Gostei da maneira objetiva com que tu apresenta a mocinha resiliente e o mocinho "de boa" (esse foi o melhor) e da tua sinceridade que este não é o teu preferido do momento, mesmo a leitura valendo a pena. Ou seja, provavelmente não será por esse que vou retomar minhas leitura românticas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fabiana, este não é o livro de retorno ao gênero. hauhauhauah Definitivamente!
      Todavia, é um bom livro. A escrita da Julia é diferenciada, no sentido de te envolver em palavras. Eu retornei, ao gênero, com o livro "Para Sir Phillip, com amor" - da série " Os Bridgertons". Sim ... Culpada! hauhauha Não comecei pelo primeiro livro da série. Mas estou aqui na missão, de trazer um livro no estilo "abrace este gênero, novamente".

      Beijos

      Excluir
  2. Lays!
    Tive oportunidade de ler o primeiro livro dessa série da Julia e simplesmente amei, agora já quero ler esse segundo, ainda mais sabendo que tudo começou em forma de 'brincadeira' e foi se tornando real.
    Gosto tanto dos clichês, principalmente nos romances de época e aqui ainda tem uma guerra de pano de fundo, fascinante.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rudy, espero que você goste! Eu a classifiquei como uma leitura tranquila.

      Beijooos

      Excluir
  3. Eu ainda não tive contato com a escrita da Julia Quinn, mas sempre vejo muitos elogios. A série parece bem interessante e tem bons elementos para prender o leitor com suas tramas. Espero ainda esse ano ler um dos livros da autora e, quem sabe, me apaixonar como tantos outros leitores.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Evandro, a Júlia Quinn possui uma singularidade em sua escrita. Mas me prometa não começar lendo " Mais lindo que a lua", por favor. É o livro que eu menos gostei. Contudo, espero que você a aprecie, tanto quanto eu. Um observação: ela possui as dedicatórias mais originais.

      Abraços

      Excluir
  4. Faz um tempo que não leio livros de época. Acho que já até disse isso em outra resenha aqui no blog,e estou sentindo falta.
    Essa junção de fatos históricos como a guerra ,ocorridos na época,e romance , são sempre bem vindos.
    E apesar do tema não ser uma grande novidade,onde a personagem se faz passar pela esposa do mocinho da história,se "aproveitando" de seu esquecimento,esse tipo de trama não me cansa. Pois me faz lembrar dos filmes da Sessão da Tarde ,que sempre gostei.

    Boa dica!

    ResponderExcluir
  5. Janaina, as vezes, um livro no estilo " sessão da tarde" é a "melhor pedida". Verdade, você falou sobre o tempo que não lê este gênero. Se está te fazendo falta, retorne a ele. E se quiser, com Júlia Quinn, inicie com o volume 1 da série " Os Bridgertons", que é o " Duque e eu".

    Beijos

    ResponderExcluir