Existem alguns livros que eu não faço ideia de como vieram parar nas minhas prateleiras. Garota pop.com é um exemplo desse tipo de livro.
Em uma tarde qualquer de junho eu resolvi pegar um livro fininho para me ajudar a dar um gás nas minhas leituras que tem andado a passos de tartaruga e optei por esse new adult brasileiro. Porém, logo nas primeiras páginas eu percebi que havia feito uma péssima escolha.
Pra início de conversa, ou melhor, de livro, a protagonista vive em um mundo irreal. Ela acaba de passar para uma faculdade de publicidade, e tudo que pensa é nos professores "gatos" que irá encontrar. Incrivelmente, os professores dela são um perfeito estereótipo de surfistas.
Eu adoraria saber que faculdade a autora se inspirou para dar vida a essa fantasia, porque quando eu fiz faculdade, todos os meus professores eram mestres ou doutores, logo, eles tinham em torno de 35... 40 anos e não se pareciam com nenhum galã de Malhação.
A protagonista, apesar de estar começando a frequentar uma faculdade, permanece com a mesma mentalidade de uma adolescente mimada, que se acha a dona do pedaço no colégio.
A prova disso é o preconceito estampado logo nas primeiras páginas do livro, quando um colega "nerd" esbarra nela e puxa papo. A protagonista, se achando "a popular e gostosa", se pergunta em "em que mundo mudaram as regras de convivência social, onde um nerd acha que pode falar com alguém como eu".
Tentando dar uma chance a essa leitura, eu decidi avançar no livro e abri aleatóriamente no meio da publicação. E não fiquei nem um pouco surpresa em descobrir que o livro era totalmente baseado em todos os clichès que vocês possam imaginar.
Se nas primeiras páginas a protagonista já se apaixonava à primeira vista pelo garoto mais gato da sala e pisa no nerd, no meio do livro ela liga pro nerd porque o gato tentou "avançar o sinal com ela", e o nerd (idiota) vai ao encontro dela como o "bom amigo que se tornou".
Avanço mais um pouco e abro já quase no fim do livro, e mais uma vez não estou surpresa. A protagonista é pega pelo nerd beijando o gato (quase) estuprador e descobre magicamente que gosta do nerd.
Fechei o livro e coloquei na pilha de livros para me livrar.
Não tenho a menor paciência para ler livros desse tipo e não acho que uma adolescente deveria se espelhar nesse tipo de leitura, que não acrescenta nada e ainda perpetua preconceitos idiotas.
Prefiro utilizar meu tempo lendo coisas melhores, do que perder meu tempo lendo algo só pra dizer que li.
Nath!
ResponderExcluirO pior é que tem alguns escritores que parecem viver na própria fantasia que tenham escrever, né?
Algo surreal e totalmente absurdo e ainda tem o tal do preconceito contra os nerds, afffffffffeeeeee!
Também acho que deixaria o livro pelo caminho, embora não tenha esse costume.
Uma semana esplendorosa!
“O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo.” (William Shakespeare)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE JULHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Não conhecia o livro. E acho uma pena quando publicam uma história tão sem graça assim.
ResponderExcluirQuando uma leitura não me agrada,faço o mesmo. Desisto de ler!
Antes eu até que era mais otimista. Lia até o final. Mas já não tenho paciência para leituras que não me agradam e para adolescentes totalmente fora da realidade. ;)