O lado bom do lado ruim

Um livro para você aprender a abraçar o caos. 

Vivemos em uma sociedade que vive vendendo a fórmula da felicidade; Vendendo milhares de cursos e coachings para se livrar do medo, acabar com a ansiedade e se livrar de todos os sentimentos "ruins" que possam existir. 
Mas nós esquecemos uma coisa essencial que o tio Darwin ensinou...

"Não sobrevive o mais forte, mas sim o que melhor se adapta ao ambiente"

Ou seja, você, eu e todo mundo que estiver lendo esta resenha só estamos aqui porque nós somos descendentes daqueles homo sapiens que TIVERAM MEDO e por isso decidiram correr pra caverna e sobreviveram. 

Nossa sociedade valoriza as pessoas que conseguem "domar as suas emoções", sendo extremamente racionais, né? Mas como já vimos no livro "F*deu Geral: Um livro sobre esperança?" de Mark Manson, nosso cérebro é guiado pelo cérebro sensível (as emoções) e não pelo cérebro pensante (a razão), pois são as emoções que fazem com que tenhamos ações. 
Não ter emoções, tornaria você no melhor cenário, um Sheldon de The Big Bang Theory, e no pior, um psicopata. 
O filósofo escocês David Hume, que viveu no século XVIII, dizia que, na verdade, somos escravos das emoções. A razão só viria a reboque, tentando justificar com argumentos plausíveis as decisões tomadas instintivamente nas direções ditadas pelos afetos.
Além disso, precisamos entender que as emoções, principalmente as negativas, possuem uma função  a cumprir. Mas qual é essa função? 



QUAL A FUNÇÃO DAS EMOÇÕES? 


Os sentimentos vistos como negativos, na verdade, são alarmes que não devem ser ignorados. Pois assim como o alarme para despertar que quando colocamos no modo "soneca", volta a tocar alguns minutos depois, os sentimentos vistos como "ruins" vão voltar pois o problema (ou fonte) não foi resolvido, mas sim, ignorado. 
Elas são nossos alarmes. Os alarmes só têm sentido se duas condições são satisfeitas. Primeiro, se eles entrarem em ação quando ocorrer o problema ou surgir a ameaça que justificam sua existência. Segundo, se nós escutarmos a sirene e soubermos interpretar o que ela significa.

Então, a melhor coisa que você pode fazer é identificar esse sentimento ruim, fazer uma sessão de terapia e entender qual é a causa desse sentimento, pois ele esta lhe alertando para alguma coisa. 
E mesmo as emoções vistas com "ruins" trazem alguns benefícios, sabia? 

OS BENEFÍCIOS DAS EMOÇÕES "RUINS" 


Primeiramente, eu preciso lhe informar que se fossemos criar uma lista com as emoções básicas do ser humano, a maioria das emoções ficariam no "time das ruins". Você deve estar se perguntando quais são as emoções básicas do ser humano, né? Bom, existem várias teorias no mundo acadêmico, como a de René Descartes, que dizia, já no século XVII, que eram seis  as emoções básicas do ser humano – amor, ódio, alegria, tristeza, desejo e admiração –, e que seria capaz de explicar todas as outras a partir delas.
A que eu prefiro é de Paul Ekman, um dos psicólogos mais influentes do século XX e grande estudioso das expressões faciais, elas são seis: medo, nojo, raiva, alegria, tristeza e surpresa.
E não podemos esquecer da Disney com Divertidamente, né? rsrs

Ninguém precisa explicar os benefícios da felicidade (alegria), afinal, isso é o que você mais vê sendo vendido na mídia hoje em dia, mas você sabia que a tristeza também tem benefícios? 

Benefícios da Tristeza
  • Pessoas induzidas, em estudos científicos, a se sentirem mais tristes se tornaram mais persuasivas.
  • A tristeza nos torna mais atentos aos sinais, logo, torna-se mais fácil identificar quando uma pessoa está mentindo quando nós estamos tristes. 
  • As pessoas com o humor mais negativo, quando incentivadas a argumentar sobre algo,  produziram argumentos mais concretos e específicos do que as pessoas felizes. 

Eu poderia fazer uma lista com todos os benefícios que os outros "sentimentos ruins" trazem, mas prefiro fazer vocês lerem o livro para entenderem melhor. Isso aqui é só uma degustação. rsrsrs
E acreditem: todos os sentimentos tem um lado B positivo. 
TODOS

MAS QUAL O PROBLEMA DE QUERER ACABAR COM OS SENTIMENTOS RUINS? 


Não tem problema nenhum querer se sentir bem, o problema é que isso pode causar uma dependência de sensações boas. Sabe o drogado que quando começa a passar o efeito da droga, já começa a procurar outra coisa mais forte para obter a mesma sensação? 
É mais ou menos a mesma coisa que acontece quando você não aprende a abraçar as emoções "ruins" e fica o tempo inteiro correndo atrás de uma nova experiência para se manter "alegre" o tempo inteiro. 

O problema real não é querer se sentir bem. O ponto principal é que as emoções positivas – como todas as outras, diga-se – não são fins em si mesmas, mas consequências de outras coisas que fazemos: trabalhar com gosto, estabelecer bons relacionamentos, investir em hobbies prazerosos, etc. Mas quando transformamos consequências em recompensas, elas se tornam rapidamente o objetivo principal da nossa vida. Com isso, deixamos de investir energia nas coisas que valem a pena – cujas consequências eram o que almejávamos em primeiro lugar – para nos envolver numa busca infrutífera pelos resultados. A alegria se torna uma obrigação, a gratidão se torna um dever, a esperança se torna um fardo.

Então, entenda que você precisa aceitar os sentimentos "ruins" como uma oportunidade de modificar algo que está errado, e não como uma forma de domar, muito menos de se livrar, destes sentimentos. 

Abrace o caos!!



ADQUIRA O LIVRO

Natalia Eiras

3 comentários:

  1. Naty!
    Acredito que tudo tem os dois lados e claro que não é à toa.
    E os dois lados são importantes por vários motivos, mas principalmente porque cada um tem uma função para nosso organismo.
    Tem de acontecer o ruim para que possamos entender melhor o bom, para que possamos nos fortalecer e melhorar. O que na minha humilde opinião, não há nada demais em desejarmos ser feliz, em buscar o que há de melhor, mesmo que as coisas ruins nos atinjam de qualquer forma.
    Acho que é como o medo, é preciso que ele exista, caso contrário, todos iríamos colocar a mão na boca do leão sem a noção do perigo que isso traz.
    En tão, é importante vivenciarmos as coisas ruins, termos estresses e medo e por aí vai, o que temos de aprender é como contrabalancear para conseguirmos o euilíbrio.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  2. Como pessoa e estudante de Psicologia eu sei que tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim e que mesmo estando em qualquer lado você pode tirar uma aprendizagem e uma coisa boa ou ruim junto com ela como por exemplo em uma situação ruim você pode tirar um aprendizado positivo eu acho interessante no livro mas eu tenho um pequeno problema que eu não sou muito fã de livros de auto ajuda eles precisam realmente puxar a minha atenção e esse livro não conseguiu fazer isso

    ResponderExcluir
  3. Olá! Eita que nós íamos ser comandados pelas mesmas emoções (risos), raiva e nojinho me identifiquei demais com esses dois e preciso deixar registrado que esse é um dos meus filmes favoritos! Por ter me identificado tanto com a raiva, fiquei bem curiosa para saber mais sobre o lado B dela.

    ResponderExcluir