As coisa que você só vê quando desacelera



É inegável que vivemos em um mundo extremamente agitado. Somos bombardeados o tempo inteiro por informações; demandas; barulho; e estamos sempre correndo atrás de mais coisas; mais dinheiro; mais diversão; mais… mais… e mais…

Essa é a lógica do mundo ocidental. 

Mas no lado oriental, as coisas são um pouco diferentes…

Os orientais valorizam a prática do mindfulness; a meditação; o tai chi; todos métodos de acalmar a mente; de se fazer presente e contemplar mais o interior do que o exterior.


Estamos tão acelerados que somos incapazes de apreciar a beleza do caminho que você faz todos os dias para ir ao trabalho; ou o vento que sopra os seus cabelos no transporte público; nossa mente está sempre pensando à frente, e nunca no momento presente. Sempre agitada, pulando de uma tela no computador para a tela de um celular; da tv para o outdoor; e volta para o celular, nesse loop infinito de alimentar a desatenção. 


E não somos desatentos apenas com as coisas, mas com nossos sentimentos também. 

No livro “O lado bom do lado ruim”, o autor nos alerta que 99% dos livros de autoajuda (ou desenvolvimento pessoal, se você é da turma que não gosta de dizer que procura ajuda nos livros) tentam nos ensinar a aniquilar os sentimentos “ruins”. Vendem uma fórmula milagrosa para que você seja mais rico; mais magro; mais feliz, mas na verdade, só estão criando uma pessoa mais fria, ao fazer com que você aprenda a desligar os sentimentos. 

Mas os sentimentos são alarmes e como todo alarme, eles não devem ser desligados. Pois se você está recebendo um alerta, é sinal de que algo precisa mudar. 

“As coisas que você só vê quando desacelera” é um complemento de “O lado bom do lado ruim”, pois enquanto um ensina a não negligenciar os seus sentimentos “ruins”, o outro ensina como lidar com eles de forma a entender e não replicar. 

Então, se antes você tinha raiva e tentava não sentir raiva (spoiler: não funciona, já tentei várias vezes e só aumenta a raiva, pois você fica com raiva de não conseguir se livrar da raiva), agora você sente a raiva; identifica que está sentindo raiva; pensa no porquê de estar sentindo raiva; se for possível mudar o que causa a sua raiva, você muda. Se não for possível, o exercício de pensar sobre a raiva, sem tentar se livrar dela de modo intempestivo, já ajudará a dissipar um pouco a raiva; e se não dissipar completamente, você poderá refletir sobre como a raiva, assim como todos os sentimentos, são transitórios. Os sentimentos não são você. 

Não existe uma pessoa raivosa. Ela está naquele momento com raiva. 

E se você não conseguiu lidar com o que gerou a raiva, tudo bem, pois você entende nesse processo que você lidou com a situação da melhor maneira possível de acordo com as ferramentas e a maturidade que tinha na época. 

Mas para você passar por todas essas etapas, é necessário adquirir Inteligência Emocional, que inclusive é o tema fundamental deste livro da Harvard Business Review, e algo que é muito desenvolvido através da…. MEDITAÇÃO, MINDFULNESS E A CONTEMPLAÇÃO DO SEU “EU” INTERIOR, ou seja, tudo que um monge budista e os orientais já fazem há milênios. 

E sabe por que eles conseguem fazer isso? 

Porque eles não tem medo de desacelerar e ver (de verdade) as coisas, e não simplesmente passar correndo, como nós ocidentais costumamos fazer, enquanto engolimos um sanduíche qualquer. 

O livro em si, não tem nada de inovador. Apenas a sugestão de um monge budista de que nós precisamos desacelerar para realmente aprender sobre nós mesmos e a lidar melhor com o mundo e os sentimentos. 

Você esperava algo diferente de um livro escrito por um monge budista? Eu não. 

Desacelere. 

Para poder ouvir as suas emoções

E aprender a lidar com elas

Ao invés de ser escravo delas.

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Natalia Eiras

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