Felicidade : Modos de Usar

Felicidade Modo de Usar


 CORTELLA & KARNAL & PONDÉ & FELICIDADE: 

TUDO NO MESMO LIVRO



No livro "Felicidade: Modos de Usar", três dos maiores pensadores da humanidade atualmente se debruçam sobre o que é a felicidade. As respostas serão divergentes e ao mesmo tempo complementares, mas em uma coisa os três pensadores concordam: O cerne da infelicidade esta na psiquê humana que esta constantemente inconformada, até mesmo com o próprio estado de felicidade quando esta é alcançada. Para você, o que é a felicidade?

Karnal Pondé e Cortella



O QUE É FELICIDADE? 

Temos o costume de perguntar se uma pessoa é feliz, mas isso é um erro. 

É um erro porque a felicidade não esta ligada ao verbo SER, mas sim ao verbo ESTAR, já que ela é efêmera, e como tal, passageira. 

Ninguém é feliz 100% do tempo, pois se fosse, não conseguiria apreciar a felicidade, logo, nem saberia que é feliz. 

Para perceber a felicidade, é necessário conhecer a infelicidade. Por isso, o correto não seria perguntar se você É FELIZ, mas sim, se você ESTA FELIZ


Sabendo que a felicidade é passageira, que ela vai e volta, podemos aprecia-la enquanto ela esta aqui, e quando ela se for, dizemos "Até logo", pois sabemos que ela vai voltar em algum momento. 

"A felicidade é um desejo permanente, mas é uma circunstância provisória. Nenhum e nenhuma de nós é feliz o tempo todo. Aliás, uma pessoa que é feliz o tempo todo não é feliz, é tonta".
O filósofo Pondé traz à tona que a felicidade pode ser observada em três formas: 

ATENDENDO SEUS DESEJOS

A primeira quando temos nossos desejos atendidos, quando por exemplo, quando você come aquele doce que queria muito após dias de dieta. 
Dessa forma, sempre que seus desejos são saciados, você aprecia um estado momentâneo de felicidade. Porém, como os budistas pregam, isso logo é substituído por algum outro desejo e você volta ao estado anterior. E como vivemos em sociedade, nossos desejos são o tempo todo reprimidos. Mas é a forma mais comum de sentirmos a felicidade. 

"Podemos dizer que a intenção de que o homem seja ‘feliz’ não se acha no plano da ‘Criação’”. Aparentemente, a criação não planejou a felicidade humana. Por quê? Porque a gente está sempre tropeçando no desejo. A gente está sempre perdendo o controle sobre o que quer, e o desejo é sempre algo que pode nos levar a momentos de enorme felicidade e a momentos de enorme tristeza – coisas que eu acho que estão lado a lado"

ENCONTRAR UM SENTIDO NA VIDA


Isso é algo que já é abordado em diversos livros de autoajuda, onde quando você descobre um propósito, ou IKIGAI, você acaba por experimentar uma sensação de felicidade plena. Ou seja, encontrar um sentido na vida. A premissa de que você pode mudar o mundo com o seu trabalho e dessa forma não ser esquecido é a forma que todos buscam de encontrar a felicidade, mas não é um trabalho tão fácil quanto parece...

"Encontrar sentido no que faz, encontrar sentido nas pessoas com quem está. Eu não acredito que o sentido cai do céu, pelo contrário. Acho que o sentido é arrancado das pedras, então isso significa trabalho, esforço, perenidade, resiliência e tudo mais". 


SENDO AUTÊNTICO 

A terceira forma é quando a pessoa pode viver a vida de forma autêntica, ou seja, sem as amarras que a sociedade lhe impõe e sem fingimentos. Portanto, pessoas que estão fora das convenções tendem a ser mais felizes, e mais corajosas, já que é necessário coragem para seguir adiante quando a sociedade lhe impõe certas convenções e amarras, como é abordado no livro "Escolha a sua vida". 

"Suspeito que felicidade tem a ver com a experiência da autenticidade. De você ser capaz de viver aquilo que sente o desejo de viver, de ser capaz de lidar com as tensões que essa busca causa, que esses encontros causam, e, portanto, não haveria, me parece, a possibilidade da experiência de felicidade fora da autenticidade". 

POR QUE A FELICIDADE NÃO É ETERNA? 

Porém, mesmo que você consiga percorrer um dos 3 caminhos citados por Pondé, conforme a Monja Coen diz em seus livros, o sofrimento esta na busca constante da imutabilidade. 
Nada é imutável, por que a felicidade deveria ser? 

Vivemos uma busca constante pela tão sonhada felicidade, mas não percebemos que a felicidade não é um estado que você alcança e senta à sombra de uma árvore para desfrutar. Ela é mais como um horizonte, sempre inalcançável, mas constantemente almejado. 

"Felicidade não é um lugar aonde você chega; felicidade é um horizonte e, obviamente, inatingível como uma circunstância de permanência"
E muito dessa nossa tendência a procurar a felicidade constantemente deve-se a sociedade capitalista que vivemos. Somos hoje, a sociedade com mais problemas psicológicos e mais infeliz da história da humanidade. Temos cursos nas Universidades a fim de ensinar técnicas de como conseguir manter o estado de felicidade por mais tempo, como é abordado no livro "O Jeito Harvard de ser feliz". 

Tudo porque não basta você estar feliz: você precisa mostrar essa felicidade à todos, e se você não estiver feliz naquele momento, você deve fabricar uma falsa felicidade para alimentar os algoritmos e uma sociedade doente. 

"Ser feliz é tão obrigatório que ninguém mais pensa em ser feliz, mas apenas em aparentar essa felicidade, o que é uma percepção fina, curiosa e muito perspicaz sobre o nosso mundo."
Mas as coisas parecem estar mudando, já que a nova geração esta seguindo os conselhos do livro "Dez argumentos para você deletar as suas redes" e dando mais valor a descobrirem a felicidade no mundo real do que nas fotos do Instagram, conforme mostra a reportagem deste mês da revista Veja, e na reportagem do UOL do ano passado (pré pandemia). 

Depois de todos esse debate, eu volto a lhe perguntar: Para você, o que é felicidade? 

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Natalia Eiras

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